ALUIZIO PALHANO, PRESENTE


ALUIZIO PALHANO, PRESENTE

Aluizio Palhano Pedreira Ferreira


A Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), presidida pela procuradora regional da República Eugênia Gonzaga, realizou o I Encontro Nacional de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, que contou com a participação da Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat, no qual foi apresentado um balanço das atividades da CEMDP. Durante o evento foi anunciada a identificação dos restos mortais do advogado, sindicalista e militante Aluizio Palhano Pedreira Ferreira, desaparecido desde 9 de maio de 1971.

De acordo com testemunhas, Aluizio teria sido detido no Destacamento de Operações de Informação - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) do II Exército, em São Paulo, e depois levado para a chamada Casa da Morte, em Petrópolis (RJ), sendo torturado em ambas as instalações. Transferido novamente para São Paulo (SP), foi torturado até a morte. O dossiê com todas as informações sobre o processo de identificação, realizada por meio de exame de DNA realizado pelo laboratório da International Commission on Missing Persons, na Bósnia, foi entregue formalmente à Márcia Guimarães, filha de Aloizio. Esta foi a segunda identificação realizada em 2018 pela CEMDP por intermédio do Grupo de Trabalho Perus, criado e mantido com recursos obtidos em ação civil proposta pelo MPF em São Paulo.