A Comissão Nacional da Verdade entrega seu relatório em cerimônia pública transmitida ao vivo. Composto de três volumes e mais de quatro mil páginas, o relatório circunstanciou as graves violações de direitos humanos identificadas no país no período determinado por lei (1946-1988). O relatório apontou que 377 agentes públicos, muitos deles ainda vivos, foram os responsáveis por graves violações de direitos humanos cometidas no período, entre as quais os 434 casos de mortes e desaparecimentos identificados pela CNV. O trabalho da CNV serviu de base para a abertura de centenas de novas investigações de crimes contra a humanidade ocorridas na ditadura, muitas das quais estão gerando denúncias que continuam sendo ajuizadas pelo MPF. A Comissão também editou recomendações, entre as quais a 28, que, entre outras medidas pede que sejam alterados os nomes de edificações, ruas, logradouros, que tenham recebido nomes de responsáveis por graves violações de direitos humanos. Nessa lista encontram-se, por exemplo, todos os ex-presidentes militares.

Denunciados/demandados: 377 pessoas.

Vítimas: 434 pessoas.

Veja o relatório.