O padre Jorge Oscar Adur, desaparecido
Foto: desaparecidos.org/arg
Após receber representação de autoria dos procuradores da República Marlon Alberto Weichert e Eugênia Augusta Gonzaga, o procurador da República Ivan Marx, então lotado em Uruguaiana, requisitou à Polícia Federal a abertura de inquérito policial para investigar o sequestro do argentino Lorenzo Ismael Viñas, supostamente por autoridades brasileiras, para posterior entrega à ditadura portenha - uma típica ação da Operação Condor.
Esta foi a primeira iniciativa do MPF visando à persecução penal de um crime contra a humanidade cometido por agentes da repressão brasileira. O desaparecimento de Vinãs ocorreu em junho de 1980 e não estava sob a égide da Lei da Anistia. De toda forma, o entendimento do MPF é o de que o crime de sequestro é permanente, pois se perpetua no tempo enquanto o paradeiro da vítima é desconhecido.
A investigação foi ampliada pelo MPF para apurar também o desaparecimento do padre Jorge Oscar Adur, que teria sido preso com Viñas. Após diligências realizadas no Brasil e no exterior, não foram encontradas provas de que o sequestro de Viñas tenha ocorrido do lado brasileiro da fronteira e de que o de Adur tenha ocorrido na Argentina sem a participação de brasileiros. Diante disso, em novembro de 2012, o MPF arquivou o inquérito, e a Justiça Federal determinou o encerramento da investigação em 21 de fevereiro de 2013.
Denunciados/demandados: caso arquivado
Instituições envolvidas: caso arquivado
Vítimas: Lorenzo Ismael Viñas e Jorge Oscar Adur
Crimes: Sequestro qualificado
Inquérito policial nº 0001525-21.2008.404.7103
LINHA DO TEMPO