Centrais sindicais entregam representação ao Ministério Público Federal (MPF) para que sejam aprofundadas investigações da Comissão Nacional da Verdade (CNV), que apontaram o apoio da Volkswagen a ações repressivas do regime militar. Após receber a denúncia, o MPF abriu inquérito civil público e analisa perícia feita pelo MPF no material colhido pela CNV e em relatório da Volks. O caso é paradigmático, segundo o procurador regional dos Direitos do Cidadão substituto em São Paulo, Pedro Machado, pois é a primeira vez que o MPF apura violações de direitos humanos cometidas por uma empresa sem o envolvimento direto de agentes do Estado.
Entre as condutas da empresa investigada estão, por exemplo, permitir a prisão de funcionários no interior de suas unidades; perseguir trabalhadores por atuação política e sindical, criando “listas negras” para impedir a contratação desses profissionais; produzir informações para encaminhamento aos órgãos de repressão; colaborar financeiramente com o regime; e permitir práticas de tortura na sede da montadora.
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